Entrevista: Inner Core


Está agendado para abril o lançamento de uma das mais interessantes estreias deste inicio de ano. Soultaker dos Inner Core tem tudo para agradar aos mais exigentes fãs do hard rock/symphonic metal. Sedeados na Alemanha, mas apenas com um alemão original, o quinteto multinacional juntou-se para connosco antecipar o lançamento desse álbum.

Olá pessoal, como estão? Naturalmente satisfeitos com uma estreia como Soultaker...
Olá Pedro, muito obrigado pela tua entrevista. Estamos muito bem e estamos muito entusiasmados a respeito do próximo lançamento do nosso primeiro álbum de estúdio, Soultaker.

Antes de falarmos a respeito de Soultaker, podem apresentar os Inner Core? Como se formaram, com que objetivos e como tem sido o vosso trajeto até agora?
Inner Core é uma banda internacional de metal/hard rock sinfónico. O início da banda remonta a 2013, quando Massimo (guitarra), Richi (baixo) e o ex-cantor Simon fundaram os Inner Core. Logo a seguir juntaram-se o Artur nas teclas e em 2015 o baterista Stefan. Em 2016, a banda decidiu mudar de vocalista para alcançar um próximo nível musical e entrou a Anna. Francamente, Stefan é o único alemão real na banda. Massimo tem raízes italianas, Artur nasceu no Cazaquistão, Anna vem da Rússia e Richi do Equador. Após a gravação de Soultaker, em março de 2017, a banda procurou assinar com uma editora e, felizmente, apenas seis meses depois, assinamos com a alemã Echozone. Para os Inner Core foi sempre importante dar um passo de cada vez - o primeiro objetivo era gravar um álbum e, em seguida, assinar com uma editora. Agora estamos a aguardar pelo o lançamento do álbum em abril e também para tocar mais ao vivo. Em todo o caso, na nossa opinião, o trajeto até aqui tem sido muito bom.

Já tinham tido algumas experiências anteriores dentro deste género?
Todos os membros da banda tiveram experiências em géneros diferentes e não apenas metal ou metal sinfónico. As influências são provenientes do rock, metal e origens clássicas e a música dos Inner Core é o resultado de tudo isso, com o objetivo de criar um estilo próprio de música. Claro que há sempre influências, aliás a roda não pode ser reinventada.

Entretanto lançam Soultaker - um álbum fantástico! O que vos inspirou?
Obrigado! A inspiração para o álbum é um resumo de ideias de histórias de fantasia, filmes ou mesmo histórias dos membros da banda, especialmente de Anna, que escreve todas as letras. Musicalmente, foi inspirado pelas jam sessions e ideias próprias de melodias que juntamos aos instrumentos.

Em termos líricos, que abordagem fazem neste álbum?
Anna escreve a maioria das letras de Inner Core. Em Soultaker há 5 músicas mais antigas e 5 novas. As letras das músicas mais antigas como Blame, Screw That, Ghost Dust, Keep The Distance, Sweet Addiction e partes de Soultaker foram escritas pelo ex-vocalista. Todas as letras são provenientes de histórias e experiências próprias, além da inspiração em histórias de fantasia, livros ou filmes.

Sentem que as reações têm estado de acordo com o nível de qualidade que apresentam?
Até agora, quase só recebemos boas reviews, pelo que estamos muito agradecidos. As pessoas mostram que gostam da música e do álbum. Para nós também é importante ser uma inspiração para as pessoas e fazê-las sentir-se felizes quando ouvem as nossas canções, podendo reconhecer-se nas nossas música ou histórias.

Tive a oportunidade de ler no vosso site que dez das vossas músicas foram gravadas nos Spacelab Studios. Podemos presumir que têm mais material criado pronto para ser gravado?
As dez músicas do álbum são, por agora, o repertório completo dos Inner Core. Algumas músicas antigas nem sequer foram pensadas para ser incluídas no álbum nem serão gravadas no futuro. E já estamos a trabalhar em músicas completamente novas para um próximo álbum.

Já agora, como decorreram essas sessões nos Spacelab Studios? Tudo conforme planeado ou sentiram algumas dificuldades inesperadas?
As sessões de gravação nos Spacelab Studios foram muito entusiasmantes, com toda a banda a dar um passo para o nível seguinte, mas nem sempre foram dias fáceis. Foi um trabalho bastante desafiante para levar todas as músicas ao nível que pretendíamos. Christian "Moschus" Moos é uma pessoa muito boa e conhece o seu trabalho até à medula. Incentivou-nos sempre a trabalhar mais e mais duro e também nos deu dicas úteis. Não surgiram dificuldades inesperadas. Planeamos bem o tempo de gravação - apenas algumas partes demoraram um pouco mais do que o previsto.

No que diz respeito à composição, como funcionam as coisas nos Inner Core?
Às vezes resulta das jam sessions ou de uma única ideia de um dos membros da banda. Depois trabalhamos nisso durante os ensaios e, assim, surgem as músicas. Para as letras, essa é a parte da Anna.

Um dos aspetos que mais salta à vista em Soultaker é o excelente trabalho de piano. Artur Schall tem algum tipo de background clássico? E quanto aos outros elementos, nomeadamente a vocalista Anna Rogg?
Sim, as partes do piano são bastante importantes em toda a música e faz a diferença para o classic rock. Artur é o nosso mestre nas teclas e sim, ele tem um background clássico já que toca piano desde os 7 anos e durante 12 teve aulas de piano, principalmente na música clássica. Quando vivia na Rússia, Anna era uma vocalista de bandas diferentes, com influências do clássico, rock, metal ou funk. Ela consegue cantar facilmente de uma forma clássica ou mais rockeiro. Também teve, durante alguns anos, aulas de música e canto na Rússia.

Já têm algum vídeo para Soultaker?
Sim, acabamos de rodar dois vídeos para duas músicas do álbum, uma para Snowstorm e outra para Blame. O de Snowstorm será lançado, em conjunto com o álbum, em abril.

Até ao final do ano já têm agendadas algumas datas. O que prometem apresentar ao vivo aos vossos fãs?
Existem algumas datas programadas durante todo o ano - a maioria delas no segundo semestre de 2018. Ainda estamos à procura de novas datas, pois é muito importante para os Inner Core tocar ao vivo e apresentar as nossas músicas às pessoas. Ao vivo, temos um espetáculo autêntico - ainda não com um extravagante show de luzes ou coisas semelhantes - mas dando o melhor em cada show e para conquistar os espetadores para o mundo dos Inner Core e dar-lhes um tempo de descanso da sua vida diária.

Muito obrigado! Querem acrescentar mais alguma coisa?
Muito obrigado pela entrevista e também pelo apoio em Portugal. É um prazer para nós ser reconhecido noutros países e, já agora quem sabe, talvez haja um dia, mais cedo ou mais tarde, um espetáculo ou tour por Portugal.



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